capacitismo, espaços "LGBT" br, discriminação contra identidades incomuns
O exorsexismo, alossexismo, monossexismo, etc. das comunidades "LGBT" brasileiras se relaciona diretamente com a falta de educação sobre e de consideração relacionada a capacitismo em espaços que falam de ativismo/justiça social.
Não ter espaços aonde podemos usar os rótulos e a linguagem que achamos mais confortáveis prejudica muito pessoas que não possuem acesso a redes de amizades por não serem boas em socializar,
capacitismo, discriminação contra identidades incomuns, menções a violência
E aí tem a própria questão da invisibilização, onde muita gente é tomada como pessoa L/G/T, ou nem consegue a oportunidade de se descobrir outra coisa, porque são essas as identidades mais visíveis, e se são visíveis são "mais comuns", e se são "mais comuns" são as que sofrem violência e o resto é engano, e daí vai se formando um ciclo em torno disso e ignoram totalmente que a violência contra o resto não é "só engano".
capacitismo, discriminação contra identidades incomuns
Sendo que eu não sei como é em comunidades de deficiências físicas, mas pessoas neurodivergentes muitas vezes possuem noções de gênero ou de atração distanciadas, e portanto são frequentemente multi, a-espectrais e/ou não-binárias.
Pessoas de/com certas neurodivergências também possuem a tendência de querer rótulos mais específicos que pessoas de outros neurotipos.
E toda essa gente fica sem apoio nenhum, ou pouco apoio, porque "pra quê?"
capacitismo, discriminação contra identidades incomuns
E aí ficam nessa de zoar as pessoas por estarem usando a internet, quando espaços físicos para nós são muitas vezes inexistentes (quando são ~específicos demais~) ou inacessíveis (quando gerais, porque são longe ou requerem caminhada ou requerem ter que lidar com barulho ou requerem falar ou lidar com perguntas inapropriadas ou com "zoeira" ou requerem sair de casa... e por assim vai).
capacitismo, discriminação contra identidades incomuns
outras tendências que atingem desproporcionalmente pessoas MI/ND:
- julgar pessoas por não conseguirem descrever suas experiências de forma que outras pessoas achem "convincentes"
- julgar pessoas por não aceitarem ser tocadas, mesmo que de forma não sexual
- julgar pessoas por não estarem confortáveis em espaços/situações sexuais
- julgar pessoas por não conhecerem gírias
- julgar orientação/gênero com base no comportamento e na vestimenta
capacitismo, discriminação contra identidades incomuns, menções a questões pesadas de saúde mental
ou mesmo por suas deficiências/neurodivergências/doenças prejudicarem as possibilidades da pessoa de fazer amizades.
A rejeição, ou até mesmo a "zoeira amigável" ou o "questionamento inocente" pode contribuir para trauma, ataques de pânico, automutilação, crises depressivas, suicídio, entre outras coisas.