🔥 - 2 - Meu problema com o Amino LGBT (CW: várias discriminações).
E ainda nem mencionei ainda a despolitização geral lá, junto com muito preconceito contra nós aros e poliamorosos. Temos que aturar muito conservadorismo vindo dos nossos próprios irmãos.
Todos os dias o Amino LGBT é consumido por políticas de respeitabilidade, Heteronormatividade, Amatonormatividade, assimilação, centristas que nem sabem o que é centrismo ("enlightened centrism" que se chama), muita falta de conhecimento, e muita falta de pensamento crítico. É triste e decepcionante. Por isso, decidi vir pro Colorides (mas continuo lá no Amino só por causa de 3 amigos).
Já até denunciei perfis com fotos de uniformes da SS, e eu ficava chocada mais era com a staff que nem sabia o que significava SS. Estão dormindo nas aulas de história??
🔥 - 1 - Meu problema com o Amino LGBT (CW: várias discriminações).
Esse vai ser o meu grande desabafo. Não aguento mais o Amino LGBT. Poderia ficar horas reclamando do Amino LGBT, mas vou tentar resumir a situação.
Para quem não conhece, o Amino LGBT é uma rede social com mais de 600 mil membros. Tenho perfil lá desde 2018. O Amino LGBT, comparado com outras comunidades no Amino, é a comunidade com as regras mais rígidas, PORÉM os próprios staffers e membros esquecem dessas regras. Eu lá sempre denunciei membros/posts que quebravam as regras. Eu com certeza já salvei o Amino LGBT várias vezes das garras de Bolsominions e neonazistas, graças às minhas denúncias (mesmo com os membros nem ligando pra esse perigo). E a staff, na maioria das vezes, só agem (quando agem, né) depois que há denúncias.
O Amino LGBT se preocupa mais com quantidade de membros do que com ativismo e segurança (o contrário do Colorides). Claro que agradeço muito à alguns staffers lá que ouviram as minhas denúncias, mas nem todos se preocupam com a segurança da comunidade infelizmente.
Já denunciei muita homofobia, transfobia, neonazismo, racismo, etc. Muitos desses foram banidos (ainda bem), mas outros não... por causa da maldição da "liberdade de opinião". É uma desgraça. A staff e os membros são completamente despolitizados; ainda não entendem conceitos básicos de sociologia; ainda não entendem que preconceito implícito e "inofensivo" ainda é preconceito. As regras lá são claras - é proibido preconceito, homofobia, machismo, etc. E mesmo assim é permitida a entrada de apoiadores do Bozo, conservadores, antifeministas, trolls que apoiam "orgulho hétero" e que reclamam de "heterofobia" e tal. E são banidos só depois que postam algo explícito. Mas esses idiotas são espertos; eles não vão postar logo algo explicitamente fascista ou preconceituoso. É triste ver a staff ignorando isso, e ainda caindo nos truques deles. Alguns líderes dizem ser anti-Bozo... como deixam essas atitudes repugnantes passarem??
Recentemente um líder lá que eu gosto bastante até decidiu sair do cargo porque um dos curadores estava apoiando a ideia de "cura gay" (esse também saiu, ainda bem), e alguns staffers estavam tentando passar pano pra ele. É sério.
[Continua na parte 2]...
minhas impressões sobre o livro "Todos, nenhum: simplesmente humano"
Enfim terminei. Enrolei, mas acabei. É uma história sobre uma pessoa gênero-fluido e é relativamente conhecido enquanto uma obra não-binária.
Sinceramente? Achei mediano. Tem uma quantidade meio equilibrada de pontos positivos e negativos.
A leitura é fluida (não foi uma piada rs), achei que Riley é ume protagonista que desperta empatia ou solidariedade, suas experiências e perspectivas com gênero são interessantes, e suas relações com outres personagens são bem construídas e desenvolvidas. Eu recomendaria mais pra gente leiga no assunto, mas acredito que outras pessoas n-b, ainda mais gênero-fluido, possam apreciar.
Apesar disso tudo, não sei o quanto Riley é uma boa representação não-binária. Com exceção de uma única cena de epifania que dura só uns segundos, a fluidez de gênero é retratada constantemente como se fosse apenas fluir entre homem e mulher. E parece que não existe nem pessoas agênero ou de gênero neutro. A relação de Riley com a família é um pouco esquisita, e, apesar de ser uma família alinhada ao conservadorismo, a aceitação foi fácil demais. A designação de gênero de Riley é muito bem escondida, e isso é um problema, pois na vida real não temos isso, e na narrativa parece forçado demais ("uau, essa pessoa é perfeitamente andrógina e ninguém usa marcadores de gênero com ela"). E tem outras situações absurdas que parece coisa de uma história escrita por ume adolescente que não sabe nada do mundo.
Se tirar todas as questões negativas, é uma história boa pra passar o tempo. Mas não considero uma ótima representação de pessoa não-binária. Acho que é isso que tenho a dizer.
if you said that irl you'd realize how rude, gross, and flagrantly inappropriate that is. stop trying to make the internet a special place where sexual harassment is okay because its depersonalized (to you), because lets be clear: interrogating someone on what genitals they have is 100% sexual harassment.
Update de Pronomes
E é com muita surpresa que venho atualizar meus pronomes, como me sinto segura aqui sei que posso falar abertamente.
Meu conjunto de linguagem predominante agora é:
-/-ela/-a
Porém misturar pronomes não é problema e eu gosto bastante (usando também terminações neutras como elu/-e, ou ele/-e em alguns momento)
Meu nome mais novo é Circe, mas também posso ser chamada de:
Apollyon
Thaumiel
Mekhane
(E mais 6 nomes)
Estive pensando e tomei uma decisão. Esse ano darei cursos de diversidade. Tenho propriedade pra falar, tenho conteúdo, consigo fazer algo didático e interativo, e trago todos os diferenciais que se pode encontrar aqui nesse "nicho", que se preocupa com inclusão e informação atualizada.
Eu acho que mereço ganhar pelo que faço, estou precisando também, e essa pode ser uma forma de "sair das bolhas" e trazer algo diferente pra muita gente. E, assim, vejo tanta gente dando curso que não domina nem o "LGBT', então por que estou aqui sem fazer nada?
Ainda vou planejar tudo com calma, mas já decidi que darei esse passo. Em breve trago novidades. ✨🌈
Pautas que identidades não-binárias trazem à tona (toot longo) (1/2)
- Identidade de gênero é algo que muita gente não vai ter certeza sobre, e há diversidade demais pra só colocar opções específicas em formulários. Portanto, documentos não deveriam ter gênero, e se for pra ter campo de gênero em sites e similares, não pode ser um campo imutável ou onde a pessoa não possa se descrever usando as palavras que quer.
- Da mesma forma, espaços segregados por gênero (banheiros, esportes, seguros, lojas de roupas, etc.) precisam deixar de existir. "Separar por genitália" também não é solução ou algo que faz tanto sentido quanto a maioria pensa. Proteções direcionadas a mulheres precisam ser repensadas de forma que não prejudiquem ou excluam pessoas que não são binárias.
- Se conjuntos de linguagem pessoais são uma forma de expressar gênero em línguas onde há tal distinção, coisas como pronomes e artigos precisam virar tão abertas como nomes dentro da gramática padrão.
- Nomes e conjuntos de linguagem podem mudar de tempos em tempos, especialmente para pessoas gênero-fluido. Além de pessoas precisarem ser informadas sobre isso, são necessários sistemas para estas coisas que não excluam pessoas que precisem dessa mudança (ex.: crachás diferentes com os nomes diferentes da pessoa no trabalho).
- Quando se fala sobre gênero, não dá pra agir como se só existisse homem/mulher/nenhum, masculine/feminine/neutre ou mulher/homem/estágios entre tais gêneros. Pessoas precisam ser ensinadas sobre a diversidade possível para melhorar a saúde mental de pessoas com identidades mais incomuns.
- Transição física precisa ser estudada e aplicada de formas além das focadas em pessoas trans binárias. Isso se aplica tanto a cirurgias quanto a efeitos de hormônios.
- Tecnologias que ajudam pessoas a disfarçar partes de seus corpos temporariamente (como binders) precisam ser melhoradas, porque nem todo mundo vai usá-las temporariamente "até a cirurgia".
#NãoBinárie #NãoBinaridade #NãoBinariedade #Exorsexismo #QuestõesNB
Pessoa de muitos nomes
Artista (desenhista, escritore, designer amadore)
Demissexual
Panssexual e Requiesromântique
Autista auto diagnosticade
Criador do Projeto Nossas Vidas Importam:
http://instagram.com/nossasvidasimportam/
Tenho um cantinho em Amplifi.casa:
https://amplifi.casa/~/OJardim#
Perdide na vida